segunda-feira, 2 de novembro de 2015

A expressão "kiss my ass" nunca funcionaria no Brasil

Olá caros leitores! Tudo bem com vocês?!


Sou professor de inglês, e como tal gosto de falar sobre coisas relacionadas à minha área com um tom descontraído e, por vezes, crítico. Hoje vamos falar da gíria /expressão "Kiss my ass". 

Primeiramente, vamos ao significado da sentença dentro de um contexto. O site Tecla SAP explica que a expressão “KISS  MY ASS!” é uma gíria chula que significa: “Vá pro inferno!”, “Vá a merda!”, ou como diriam lá no Nordeste, “Vá se lascar!” e, logicamente é utilizada para demonstrar desprezo ou desrespeito com alguém. Porém, eu vou falar sobre a origem da expressão e outros contornos que a origem implica.


Falando da origem da expressão: ela significa, em tradução literal “beije meu traseiro” – por falta de palavra mais apropriada. A sentença vem da ideia que os americanos têm de que mostrar o seu “traseiro” para alguém ou forçá-lo a beijar (é uma imagem repulsiva, eu sei) – ofende a outra pessoa. Vocês já devem ter visto em algum filme jovens mostrando seus traseiros como sinal de desrespeito e desprezo, certo? Agora que você já está entendendo a ideia que eu quero passar, vamos aos porquês.

Os homens brasileiros, em sua maioria, talvez por sua origem latina, de “sangue quente”, machos (diga com o sotaque espanhol mexicano, /maTcho/) são muito reservados quanto a seus próprios “traseiros”. A simples ideia de mostrar, ou de alguém tocá-lo com qualquer parte do seu corpo é uma afronta à “honra e a dignidade masculina”. 

As mulheres aqui não ficam muito atrás. No país da bunda  do traseiro, mostrá-lo em quaisquer lugares, na TV, na internet ou ao vivo é até aceitável. Porém é notório que, apesar disso, elas - a maioria, pelo menos - também têm muitas restrições ao toque (olhar tudo bem, fique à vontade). 

Falo e conheço pessoas que também falam fluentemente o inglês, mas nunca utilizei nem as ouvi falar tal expressão. Talvez por causa dos motivos já comentados tais conceitos já estejam enraizados. 

O fato é que a maioria dos brasileiros, de livre e espontânea vontade, na minha opinião, nunca utilizaria uma expressão que colocaria o “deles na reta” (hehehe), mesmo que o uso da sentença servisse para incluí-lo no universo dos falantes fluentes da língua inglesa.


E você, o que acha? Achou o texto interessante? 
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